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7.3.13

{Crônicas} Gravações de Revanche #1

Heeeeeeeeeeeeeey \o
Pessoal, estou estreando nesses negocios ai.. E ja mostrei para alguns membros da Ordem e eu queria a opinião de voces também.. Vamos começar então ..



Vida De Neguinho

Primeira Gravação. Brasil. 2007. Setembro. São Paulo. Nova Palmeiras. Erão 13h46.

Um dia ensolarado de rachar. Sim. Não temos estações definidas aqui nesta cidade, a cada dia pode ser imprevisível o que voce irá sentir ou terá que passar, chuvas, enchentes, calor infernal, frio de quase 0ºC.. Tudo pode acontecer nesta cidade. Nova Palmeiras.. Periferia de São Paulo. Quando digo que moro em Nova Palmeiras todos pensam que moro na favela mas não é verdade, eu moro em subidas infernais, mas em uma favela. Só para explicar… Explicar como é que estou sofrendo para subir esta subida digna de personagem de Playstation.  Estou suando até nos meus pensamentos. Vida de neguinho é assim, é o que costumo dizer em momentos como esse. 

Em minhas costas uma mochila pesada com 4 livros da Faculdade e mais 3 livros de Aghta Christie que comprei há 30 minutos no Sebo que sou quase sócio. Fora o meu caderno de 20 matérias. Que só se conseguia usar 4 no máximo. Estou com uma blusa de manga comprida levantada até o cotovelo - como eu disse, de manhã o tempo é um e depois de 1 hora é outro em São Paulo - e minha calça jeans mais larga que tenho. Fora o boné um pouco torto para a direita virado para frente. Esse é o meu estilo, um neguinho querendo ser Rapper. Só queria ter os carros, jóias e dinheiro. As mulheres também se não for pedir demais .. 

Mas para falar a verdade eu não sou muito diferente da maioria das pessoas. Estudo muito, estou procurando um estágio, trato bem as pessoas, brinco com todo mundo, tenho o meu humor negro e não tenho diferenças ríspidas com ninguém. Pessoas assim nunca tem o merecimento ou espaço que merecem, e eu não sou diferente. Mas tudo estava para mudar, e eu estou fazendo este relato pelo gravador do meu celular porque coisas escritas podem ser lidas, e isto aqui tem que esperar mais um pouco para vir a tona.

Me desculpem pelo começo parado, mas eu tinha que explicar a minha situação naquele dia. Eu estava bem feliz, porque uma garota que estou afim ‘jogou uns verdes pro neguim aqui’. Acho que agora vai. O jeito que ficamos bobos nesses assuntos me pertuba. Mas tudo bem, como eu disse antes, eu trato bem todos, e luto muito para quando as garotas me tratam bem não levar como uma indireta. Mas enfim, eu estava me sentindo naquela segunda feira. Estranho porque eu odeio Segunda Feiras.. Elas são depois do domingo .. E antes da terça.. Não gosto disso. E sim, as vezes eu me atrapalho até nos próprios pensamentos, vamos logo ao que interessa.

Eu estava chegando ao pico daquela subida desgraçada, é ali aonde fica a minha casa. Ou melhor, a casa aonde eu morava desde que eu nasci. Mas tem algo estranho dessa vez. Um carro que nunca vi antes esta estacionado na frente da casa, um Ford preto 2006, e na porta da minha casa .. Não tinha mais porta. Ela estava na calçada partida em dois. Pelo que consegui deduzir foi por força humana .. Não, definitivamente isso não foi humano. Foi algo além. Eu estava ouvindo Ne-Yo - Sexy Love, mas dei uma pausa no meu player e tentei ouvir algo vindo da casa, mas ouvi nada, apenas os sons do dia a dia.

Guardei meu fone de ouvido e meu celular Nokia X3 no bolso da minha calça e tirei a mochila. Entrei por aonde antes estava uma porta e entrei dentro da garagem que fica na parte lateral logo que se entra pela porta. Fui para os fundos da garagem vazia e deixei minha mochila lá e tirei os meu tenis. Eles fazem muito barulho e li em um livro que o cara se movia com meias pela casa e ninguém o ouvia chegar. Quero ser assim hoje.

Volto de onde eu vim e dessa vez vou para a esquerda e subo as escadas me escorando na parede. Continuo ouvindo nada, e isso é muito estranho. Moro com meus pais, meu irmão, minha vó e minha tia. Muita gente. E barulho é o que não falta. Principalmente quando tenho mais argumentos que minha mãe nas discussões. Mas dessa vez reina o silêncio. Eu chego ao topo da escada e olho para dentro do quintal e vejo nada, apenas um chinelo preto tamanho 40 virado de cabeça para baixo. Reconheço de imediato que é de meu irmão. Então tem alguém em casa. O que é mais estranho ainda..

Me escorando pela parede eu me aproximo da porta de sala de estar e é ai que ouço dois homens com vozes desconhecidas para mim conversando.. O que é muito estranho. Minha vida ja era estranha .. Agora então .. 

- Esta feito? - Perguntou o primeiro homem com uma voz grossa, julgo ser um tiozinho já. 
- Sim. Passei todos. Só falta o principal, ele deve estar chegando da tal faculdade jaja. Vamos montar um plano não é? Ele pode ser perigoso cara. - Suplicou o segundo com uma voz grossa e temerosa. Será que é de mim que estão falando?
- Ele não sabe de nada. Ms quando ele ver que matamos toda a família dele ele vai ficar macho .. - Agora chega. Preciso saber quem são e o que estão fazendo em minha casa. 

Saio do meu esconderijo e me deparo com os dois homens em pé de costas para mim, um é negro, forte e alto, mais alto que eu, portanto de 1,80 cm para cima. E outro é branco, magro e careca. O que é bem feio não é verdade? Mas o pior foi o que vi no chão. Muito sangue e toda a minha família morta a facadas. Eu fico em choque. Não sei o que fazer e minha mente pensa em várias coisas ao mesmo tempo mas meu corpo não acompanha o ritmo. Fiquei gelado por dentro e quente por fora. E quando os homens se viraram e me viram eles arregalharam os olhos mas apenas por alguns segundos. Depois eles se apressam em vir ao meu encontro. Eu não sei quem são mas eles tinha razão. Eu fiquei macho. A faca que eles mataram minha familia esta no peito de meu irmão que por infelicidade estava perto de mim. Peguei a faca rapidamente e desvio de um soco do negro alto e a aproveito e o golpeio com a faca no cotovelo deixando sem agilidade naquele braço, ele tenta com o outro braço e eu repito o processo. Ele uiva de dor mas eu não estou ligando e enfio nos olhos dele a faca.

Não sei como fiz isso, um cara magricelo como eu ter tanta agilidade e força de um ninja de uma hora pra outra. Mas de repente minha mente e meu corpo estão no mesmo ritmo. Assim, consigo estar de igual para igual com eles. Não sei como. Minha realmente é estranha, só pode.. 

O cara branco e careca é um pouco mais baixo que eu. Mas ele aproveitou que eu estava absorto em meus pensamentos e com um chute em minha mão direita ele tira a faca de minhas mãos. E agora? Mas eu ainda sei o que fazer. Ele tenta um chute nas minhas costela mas antes de chegar na altura de minha cintura eu dou um chute nesta mesma perna dele, bloqueando o golpe. Ele parece assustado. Tenta um, dois, tres socos e eu me esquivo e golpeio seus músculos dos braços. Isto o cansa e o zanga. Ele rola no chão e pega a faca e tenta um golpe em minha barriga. Ele acerta, não tinha reação. Mas eu não sinto dor, e fico estático olhando para ele com cara de sacana.

- Mas.. Já-ja-ja esta assim? Era para demorar mais! - ele esbravejou.
- Sim.. Eu posso fazer isso.. - dou uma piscadinha. Adorei essa parte. Dei um soco poderoso no queixo dele. Ele recua dois passos. Eu tiro a faca de minhas entranhas e me rendo aos meus instintos. O golpeio de cima para baixo no maxilar. Ainda consegui ver a lâmina dentro da boca dele. 

Eu solto ele. Solto a faca. E olho para minha sala. Toda bagunçada e com muito sangue e cadávares. Meus pais .. Meu irmão! Minha tia! Até minha vó .. Minha vó .. Apenas 80 anos de idade e idosa ja, porque a mataram? Isso doeu muito em mim. Mas não derramei nenhuma lágrima. Não vou chorar ainda. Nunca fui de chorar. E não vai ser agora. Porque jurei ali. Naquela sala. Que vou encontrar quem mandou isso acontecer.. Vingança é como um sorvete. É frio e doce. E vou fazer isso acontecer! Só precisava saber como .. Mas no dia seguinte eu tive uma mera ideia .. Mas termino aqui a primeira gravação. E é isso. Cambio, desligo? Sei lá..”

Continuo ? Não sei não.. 

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